-A METAFÍSICA PLATÔNICA À LUZ DA GRAMÁTICA DE WITTGENSTEIN
O projeto pretende mostrar que a filosofia tardia de Wittgenstein pode trazer importantes contribuições para uma leitura menos dogmática da filosofia platônica. O Segundo Wittgenstein elege o essencialismo característico do platonismo como o alvo de suas críticas à filosofia e propõe o método de análise gramatical para dissolver os entraves criados pela metafísica, herdeira por excelência do platonismo. O exame desse desafiante método permite-nos constatar que o platonismo não é o essencial da filosofia de Platão; mais que isto, autoriza-nos a identificar justamente o aspecto essencial da filosofia platônica como herança marcante no pensamento de Wittgenstein. Trata-se da tese segundo a qual nosso acesso à experiência não se dá de modo imediato, mas mediatizado por parâmetros que a organizam e a orientam, viabilizando assim o conhecimento. No caso de Platão, tais parâmetros são constituídos pelas idéias, enquanto que em Wittgenstein coincidem com as regras que presidem os diferentes jogos de linguagem. Nessa perspectiva, o objetivo central do projeto é mostrar que Wittgenstein preserva em seu pensamento tardio um Platão sem platonismo. A metodologia a ser utilizada é a leitura estrutural de texto, a partir da qual se retira as teses centrais dos filósofos em foco e se constrói nosso próprio texto.
-PLATONISMO E PRAGMATISMO: A HERANÇA DE PLATÃO NO PENSAMENTO DE WITTGENSTEIN
O presente projeto é o desdobramento de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos junto ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFC e que recentemente foi inserida num Programa de Cooperação Acadêmica (PROCAD CAPES) entre aquele e os programas de pós-graduação em filosofia da UFMG e UFRN. Ademais, com esse projeto, participo de um grupo de pesquisa sobre a crítica ao atomismo lógico, cadastrado junto ao CNPq, e que conta com a participação de professores da UFSCAR (Profa. Dra. Eliane Christina de Souza e Prof. Dr. Bento Prado Neto), da UNIFESP e da USP . O objetivo central é mostrar que a filosofia de Platão pode ser pensada como um criterioso trabalho de exame da linguagem mantendo-se, nessa perspectiva, presente em vertentes contemporâneas da filosofia da linguagem, mais precisamente, no pensamento de Wittgenstein. Contudo, o problema que se erige como desafio consiste em aproximar o pensamento de Platão daquele apresentado por Wittgenstein em suas Investigações Filosóficas e não no Tractatus Lógico-Philosophicus, tal como se mostra mais freqüente na literatura especializada. Essa escolha se justifica uma vez que, naquela obra, o filósofo austríaco recorre à transcrição de dois trechos relativamente longos do Teeteto para ilustrar os impasses de uma empresa metafísica no que diz respeito às suas pretensões epistemológicas. Assim, nossa hipótese é que Wittgenstein se inspira na auto-crítica realizada por Platão acerca de concepções metafísicas que lhe eram caras para lançar-se em sua própria auto-crítica quanto ao atomismo lógico e ao essencialismo pressupostos no Tractatus.
-HACKEADO - SALVE GRUPO DOS PANELINHAS DO ZAP ENOIS
HDP9033 - FILOSOFIA DA MENTE T psaviomaciel Sala CS212 Terça 18:00/22:00
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